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Palimpsesto

  • Foto do escritor: URRO
    URRO
  • 1 de dez. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de dez. de 2023

Na sala com Hercule Florence

Por Mauricio Simionato

Hercule Florence é o criador de um processo fotográfico, em 1833, batizado de photographie. Em comemoração aos 190 anos da descoberta isolada da fotografia, completados em 2023, os organizadores do Festival de Fotografia Hercule Florence venceram o edital do Proac com um projeto para montar, no ano que vem, uma sala no MIS (Museu da Imagem e do Som) sobre o artista.


Palestra comemorativa dos 190 anos dos inventos de Hercule Florence. Foto de Ricardo Lima


A sala terá recurso de acessibilidade com diversas interfaces interativas como áudio descrição e painéis com informações sobre o naturalista, além de exposição de fotografias, desenhos e vídeos. O projeto tem como principal proposta a elaboração e produção de uma sala expositiva permanente sobre as contribuições de Hercule Florence para o mundo.


A ideia é transformar a sala em um espaço que possa receber eventos relacionados à fotografia, bem como ser um local de referência para o estudo e divulgação das obras e pesquisas deste importante inventor francês, radicado em Campinas.


Oficina Câmeras de Hercule Florence, com Roger Sassaki no Sesc Campinas. Foto Ricardo Lima


Festival Hercule Florence


O Festival Hercule Florence nasceu em 2007, em Campinas, com dois eventos simultâneos sobre fotografia, determinantes na sua formação como festival: a criação da Semana Hercule Florence e do Seminário Imagem e Atualidade da PUC-Campinas.


A criação da semana Hercule Florence ocorreu de acordo com a Lei Municipal número 13.017, de 20 de julho de 2007, e aconteceu durante o transcurso do Dia Mundial da Fotografia, comemorado em 19 de agosto. Além de divulgar a fotografia, esse evento é gerador de exposições e homenagens aos promotores da fotografia.


Oficina Câmeras de vestir, com Ana Angélica Costa. Foto Hélio Carvalho


Hercule Florence

Antoine Hercule Romuald Florence nasceu em Nice em 1804 e morreu em Campinas em 1879. Foi desenhista, pintor, fotógrafo, tipógrafo, litógrafo, professor, inventor. Chegou ao Brasil em 1824. Trabalhou no comércio e numa empresa tipográfica, antes de ingressar na Expedição Langsdorff como desenhista, entre 1825 e 1829. Residiu na então Vila de São Carlos (atual Campinas), onde inventou o processo fotográfico.

Em busca da simplificação dos procedimentos comuns de reprodução de imagens na época, restritos aos diferentes tipos de gravura, inventa, em 1830, o que chama de polygraphie [poligrafia], método de impressão em cores semelhante ao atual mimeógrafo.


A partir de 1832, começa a investigar as possibilidades de fixação da imagem utilizando a câmera escura por meio de um elemento que mude de cor pela ação da luz. Com a ajuda do boticário Joaquim Correa de Mello, realiza experiências fotoquímicas que dão origem a imagens.


Quase na mesma época que Joseph Nicéphore Niépce (1765 - 1833) e Louis Jacques Mandé Daguerre (1781 - 1851), na França, e William Henry Fox Talbot (1800 - 1877), na Inglaterra, e sob condições científicas muito diversas, Florence produz cópias fotográficas de desenhos em Campinas.


Oficina Vi-ver: com que olhos? com Miguel Chikaoka. Foto de divulgação

Expedição Langsdorff


Durante a Expedição Langsdorff, realizada entre 1825 e 1829, Hercule Florence registrou em desenhos e aquarelas as paisagens, fauna, flora, tipos e cenas cotidianas dos locais por onde passava, criando um valioso material iconográfico, especialmente sobre as populações indígenas que habitavam o território brasileiro naquela época, desde São Paulo, passando pelo Mato Grosso, até o Amazonas.


Vídeos do Festival Hercule Florence







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