Uma bandeira negra nas mãos e a liberdade nos dentes. Literatura e jornalismo servem de salvaguarda em tempos de horror. É preciso resistir, ir em frente, receber a face escarrada da liberdade de peito aberto e sair debaixo da gravata assassina do patrão que defende a ordem e polícia. O poeta profissional soltou sua labareda de versos prontos no meio da praça central, bateu a carteira de três transeuntes e saiu correndo para não perder o ônibus em direção à academia onde vomita todo o seu conhecimento sobre os verdadeiros poetas que habitam o abismo. Entre a academia e o abismo, clamamos por toda licença possível, seja na arte ou na vida. As nossas urnas são as ruas, e as esquinas guardam os segredos de cada manhã num laço eterno de vida e de morte. Cada vez mais independente, a Revista Urro tem como norte levar às últimas consequências a luta contra o mundo civilizado em nome do ardor de versos que incendeiam a cultura estabelecida.
Seguimos em frente: vem com a gente!
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