Inquilino do sublime
Quem soube naquele sábado
Sem sal, salmo ou santidade.
Quando em transe, aos trapos e em trunfo
Consumi cada gota de sangue, das coxas
Das bocas, das poucas
Gotas
Do teu veneno absurdo.
Coisa maléfica,
Donzela de ferro fundido e argila,
De salvação viraste estricnina
E o descompasso de minha métrica perdida.
Quem soube sobre,
Aquele teu sorriso, solto e solitário
Refletindo ruindade, rugas e rusgas
Ornamentado de ferrugem e fel,
Espelho d’água do teu olhar infértil,
Moribundo,
Estada permanente do meu encanto vagabundo.
Coisinha rodada de renda,
És um tanto ruína e outro tanto esperança,
E o desespero de minha inconstância.
Ouro doirado no céu de março.
Ferro em brasa no peito aberto.
Couro rasgado, mordaça de feltro.
Arreio.
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